ENTRE O DIREITO E A SAÚDE:
CRIAÇÃO DE AMBULATÓRIO TRANS NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ-PARANÁ
Palavras-chave:
Gênero, Minoria, SexualidadeResumo
As políticas públicas de afirmação de gênero no SUS institucionalizaram-se no Brasil com a Portaria no 1.707 GM/MS de 2008. A partir disso, outras portarias foram redefinindo e complementando os serviços para assegurar saúde e dignidade à população trans e travestis por meio da Atenção Especializada no Processo Transexualizador. Este projeto tem como enfoque investigar o primeiro ano de atividade do Ambulatório Trans de Maringá-PR, inaugurado em 2022. Utilizando uma abordagem qualitativa, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde da unidade para analisar os desafios enfrentados, o impacto social e a eficácia do serviço. Os resultados apontam que, embora o Ambulatório Trans de Maringá ofereça um serviço de Atenção Especializada a essa população, foram identificadas lacunas, como a falta de treinamento adequado para a equipe e dificuldades na aquisição de medicamentos específicos. Apesar disso, o ambulatório superou as expectativas com a alta demanda, alcançando em seu primeiro ano o número de pacientes previsto para os dois primeiros anos de atendimento, evidenciando a necessidade do serviço e o comprometimento da equipe em melhorar a saúde e o bem-estar das pessoas trans. Além disso, o ambulatório é um exemplo de como a implementação de políticas públicas pode promover a saúde integral e o respeito aos direitos das pessoas trans e travestis. Portando, para o fortalecimento do serviço, é essencial investir na capacitação contínua dos profissionais e garantir recursos para a ampliação das atividades, o que pode servir de modelo para outras regiões, promovendo um sistema de saúde mais inclusivo e equitativo.
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