LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE EM CONDOMÍNIO EDILÍCIO DECORRENTES DO CONSUMO DE CIGARRO, MACONHA E CONGÊNERES
Palavras-chave:
Direito de Vizinhança, Fumante passivo, VulnerabilidadeResumo
A pesquisa objetivou analisar a supervalorização do direito de propriedade em detrimento da vulnerabilidade do direito à saúde nos condomínios edilícios, a fim de verificar a possibilidade de mitigação do direito de propriedade para proteger a saúde e a dignidade de condôminos não fumantes expostos involuntariamente à fumaça de cigarro, maconha e congêneres em suas unidades condominiais autônomas. Para tanto, foi utilizado o método teórico e realizada pesquisa bibliográfica a partir da revisão de artigos científicos, ao passo que os resultados indicaram que, embora o direito de propriedade seja usualmente limitado em situações que envolvem perturbações ao sossego, como barulho excessivo ou a criação de animais, essa proteção não se estende com a devida proporção, na prática, ao direito à saúde no que se refere à inalação involuntária de fumaça. Verificou-se uma lacuna significativa na proteção jurídica do direito à saúde e à dignidade das pessoas em condomínios edilícios, razão pela qual destaca-se a necessidade de reformas nas normas condominiais e de um maior reconhecimento pelo Poder Judiciário dos malefícios causados pelo tabagismo passivo e da vulnerabilidade dos condôminos que inalam involuntariamente a fumaça oriunda de unidades autônomas vizinhas. O estudo alertou, portanto, para a necessidade de debate sobre os limites do direito de propriedade em prol da saúde coletiva e propôs que pesquisas futuras explorem alternativas legislativas e judiciais para equilibrar esses direitos fundamentais.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Anais do II Congresso Internacional de Ciências Jurídicas da UEM

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.